1:13:00
-O meu pai.
-Não, o Komarovsky!
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Não sei.
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A rua estava a arder.
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Havia explosões e as casas
estavam a cair. . .
1:13:11
. . .e ele largou a minha mão.
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Ele largou a minha mão!
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E eu perdi-me!
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Um pai teria feito isso?
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Claro, as pessoas fazem
qualquer coisa!
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Era o Komarovsky!
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Este homem é que era teu pai.
1:13:39
Porque não acreditas?
1:13:42
Não queres acreditar?
1:13:45
Não, se não for verdade.
1:13:50
Isso é hereditário.
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Quando era criança,
queria muito ter pais.
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Pode imaginar
quanto queria tê-los.
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Quando era criança,
queria morrer.
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Agora já não sei.
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Agora já não os posso ajudar,
pois não?
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Pensei que talvez eu
te pudesse ajudar.
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-Vais pensar nisso?
-Está bem.
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Está tudo bem, David.
1:14:32
Trabalha aqui?
1:14:33
Sim, sou operador.
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-O que é que opera?
-Aquilo!
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Prometeste pensar nisso!