1:01:00
Para onde estás a olhar?
Não há aí nada... a não ser eu.
1:01:08
- Não precisas de fingir...
- Vê como o céu está branco!
1:01:12
Está perfeitamente branco.
Como uma folha de papel.
1:01:20
Ouve o vento.
1:01:24
Assusta-me.
1:01:29
Foi o meu pai que me deu isto.
Nunca o tiro.
1:01:34
Alva, ouve.
1:01:36
- Quando um comboio passa, o que diz?
- "Pouca-terra, pouca-terra..."
1:01:42
Estás a olhar-me fixamente,
o que é indelicado.
1:01:47
Parto amanhã.
1:01:51
"Pouca-terra, pouca-terra..."
1:01:54
Ouve...
1:01:55
As noites não são como os dias.
As refeições estão incluídas...
1:02:00
- Pára!
...temos instalações modernas...
1:02:02
Sabes que, se beliscares o cotovelo,
nem sentes?
1:02:06
Alva, compreendes
o que te estou a dizer?
1:02:10
Sim, eu sei. Vais partir.
1:02:18
Alva, o céu não está branco,
está azul.
1:02:21
Se beliscar o cotovelo com força,
dói como o diabo.
1:02:26
Isto nos assentos não é pó de talco,
é pó!
1:02:31
Não há vento nesta carruagem.
Na verdade, está calor.
1:02:36
Porque esta carruagem
está parada há anos.
1:02:39
- Não me interessa.
- Por que fazes isso?
1:02:42
Por que és tão fantasiosa?
Por que fazes tudo parecer tão especial?
1:02:47
Porque é.
1:02:49
Não.
1:02:52
Bom, muita coisa é.
Tu és, e o que fazes...
1:02:55
Não. Não, não sou.
1:02:58
O meu emprego não tem sempre
que ver com despedimentos,