:49:00
Ouça-me você. Fiz de sua mulher.
Acho que o fiz muito bem.
:49:05
Bem demais. A Toni acha
que ainda está apaixonada por mim.
:49:07
- Eu?
- Não, a minha mulher.
:49:09
- Onde foi ela buscar essa ideia?
- A si.
:49:12
Disparate. Agi como uma mulher digna,
civilizada, disposta a divorciar-se.
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Não podia agir de ânimo leve
por causa das crianças.
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Porque as levou? Foi isso que a emocionou.
:49:22
Saio sempre com os meus sobrinhos
ao sábado.
:49:24
Se não puder passar os fins-de-semana
como quiser, eu e o cacto despedimo-nos.
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- Sabe que não posso passar sem si.
- Claro que sei.
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Ajude-me não como amiga, mas como
assistente. É o seu dever profissional.
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Sim. Os problemas com a Toni
começam a afectar o meu trabalho.
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Ainda agora magoei a Sra. Durant.
É a primeira vez que magoo um paciente.
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É pena não ter sido o Harvey Greenfield.
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Desempenhou o papel de minha mulher
uma vez e gostou. Admita.
:49:50
- Sim. Não foi mau.
- Pronto.
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Eis a sua hipótese de repetir o papel.
:49:55
Nenhuma actriz se despede
após uma representação.
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Então, perco o marido e ganho um amante.
Pelo menos, não me sinto abandonada.
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Óptimo. Temos de arranjar alguém
para fazer de seu namorado.
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Que tal o Señor Sanchez?
Anda sempre atrás de mim.
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E o seu cunhado,
o jogador de Monopólio corrupto?
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Quer que eu forneça
os meus próprios adereços?
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- Arranje-me um.
- Não será fáciI.
:50:19
Temos de encontrar alguém
em quem eu tenha confiança.
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Estou atrasado?
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- Por acaso, vens mesmo a tempo.
- Ele não!
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Que se passa aqui? Ela detesta-me mesmo.
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Estás enganado.
:50:42
Gostavas que eu arranjasse
os dentes da tua namorada de borla?