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Sargento,
vou tirar a tarde de folga,
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deitar-me na tenda e pensar na vida.
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Meu major,
está aqui alguém para o ver.
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- Agora?
- Sim, senhor.
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- Quem é?
- O Capitão Tappman, o capelão.
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Que quer ele?
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Algo a ver com o Capitão Yossarian.
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Ouça, Sargento...
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O meu trabalho já é difícil
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sem ter de lidar constantemente
com pessoas que querem coisas.
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- Faço-me entender?
- Sim, senhor.
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Deve-se estar a interrogar
acerca disto.
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Não, meu major.
Não me compete interrogar.
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- Sabe que as pessoas me fitam?
- Não, meu major.
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E pensam,
"Quem é aquele Major Major,
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"que chega a comandante
sem nunca ter voado?"
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- Não acho que pensem isso.
- Pensam, pois.
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Quando ponho isto,
não sabem quem sou.
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Sabia que, na Idade Média,
havia príncipes e reis
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que se disfarçavam
e passeavam por entre os súbditos?
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- Não sabia disso.
- Então, não sabe de tudo, pois não?
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- Não, meu major. Porque faziam isso?
- Faziam o quê?
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Porque passeavam disfarçados?
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Como raio hei-de eu saber? Não
sou historiador, nem coisa parecida.
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Sou apenas um tipo a tentar cumprir
o seu dever. Boa tarde, Sargento.
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- Que é agora?
- Que faço com o Capelão?
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Não quero que me venham mais ver
quando eu estiver no gabinete, sim?
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Sim, e que digo a quem quiser vê-Io
quando estiver cá?
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- Que estou, e que aguardem.
- Por quanto tempo?
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- Até que eu me tenha ido embora.
- E depois?
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- Quero lá saber.
- Faço-as entrar após ter saído?
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Já não estará cá, pois não?