:22:00
Os soldados levaram-me
e entregaram-me
:22:04
ao Reverendo Silas Pendrake,
:22:07
para que tivesse instrução moral
e uma educação cristã.
:22:11
- Sabes conduzir um carro, rapaz?
- Sim, senhor. Sei fazê-lo.
:22:15
És um mentiroso, rapaz.
:22:17
Se foste criado por índios,
como podes saber conduzir um carro?
:22:21
Vamos ter de te bater até deixares
de ser mentiroso.
:22:40
Querido Jack.
:22:43
Bem-vindo ao teu novo lar.
:22:47
A tua provação acabou,
:22:49
rodeado que estás de amor cristão.
:22:53
Então, rapaz, és incapaz de falar?
:22:59
- É um prazer conhecer a sua filha.
- Estás a falar com a minha mulher.
:23:05
Pobre rapaz. Pobre querido.
:23:09
Pensa nos anos de sofrimento,
de privação e de dureza
:23:13
entre aqueles horrendos selvagens.
:23:16
A privação do rapaz, minha querida,
foi mais espiritual do que física.
:23:21
Os índios nada sabem de Deus
e da moral.
:23:25
Comem carne humana, fornicam,
são adúlteros, misóginos,
:23:32
e comungam constantemente
com os desígnios do Diabo.
:23:37
A nossa tarefa tem de ser...
não, o nosso dever cristão,
:23:41
vencer a miséria pela pancada.
- Espancar o pobre rapaz?
:23:45
- Não enquanto eu tiver ar no corpo.
- Deu-me vontade de beijá-la.
:23:48
Não quis dizer espancá-lo
literalmente.
:23:51
Falei em espancá-lo simbolicamente.
:23:54
Pobre rapaz. Ele nem sequer tomou
um banho decente.
:23:59
- Detecto o odor de comida.
- Vou lavar o pobre rapaz.