:23:05
Pobre rapaz. Pobre querido.
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Pensa nos anos de sofrimento,
de privação e de dureza
:23:13
entre aqueles horrendos selvagens.
:23:16
A privação do rapaz, minha querida,
foi mais espiritual do que física.
:23:21
Os índios nada sabem de Deus
e da moral.
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Comem carne humana, fornicam,
são adúlteros, misóginos,
:23:32
e comungam constantemente
com os desígnios do Diabo.
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A nossa tarefa tem de ser...
não, o nosso dever cristão,
:23:41
vencer a miséria pela pancada.
- Espancar o pobre rapaz?
:23:45
- Não enquanto eu tiver ar no corpo.
- Deu-me vontade de beijá-la.
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Não quis dizer espancá-lo
literalmente.
:23:51
Falei em espancá-lo simbolicamente.
:23:54
Pobre rapaz. Ele nem sequer tomou
um banho decente.
:23:59
- Detecto o odor de comida.
- Vou lavar o pobre rapaz.
:24:03
Está na hora do jantar.
:24:06
É meu dever cristão dar a este rapaz
um banho completo, imediatamente.
:24:11
- Despe a roupa.
- Despir?
:24:13
- Sim.
- Tudo?
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Tudinho, mas desviarei os olhos
na altura necessária.
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Trazendo as roldanas
:24:31
Trazendo as roldanas
:24:34
Nós iremos rejubilando
:24:38
Trazendo as roldanas
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Foi o melhor banho que tomei
em toda a minha vida.
:24:45
Vamos juntar-nos no rio?
:24:52
No lindo, lindo rio?