Ultimo tango a Parigi
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:51:03
Muita torre.
:51:07
- Nunca pensou em sexo?
- Não. Sexo não.

:51:11
- "Não. Sexo não."
- Torre.

:51:15
Estava provavelmente apaixonado
pelo seu professor.

:51:17
- O meu professor era uma mulher.
- Então era lésbica.

:51:21
- Como sabia?
- É típico.

:51:24
Em todo o caso.
:51:26
O meu primeiro amor
foi o meu primo Paul.

:51:29
Não!
:51:31
Vou ficar com hemorróidas
se continuar a dizer-me nomes.

:51:34
Nada de nomes. Não me importo que
conte a verdade, mas não me diga nomes.

:51:39
Desculpe. Desculpe.
:51:44
Bem, vá. Diga a verdade.
:51:48
Que mais?
:51:50
Eu tinha 13 anos.
Ele era escuro, magrinho.

:51:54
Ainda o vejo. Com uma penca enorme!
Um grande romance.

:51:58
Apaixonei-me por ele
quando o ouvi a tocar piano.

:52:02
Quer dizer quando ele saltou-lhe
para a cueca.

:52:05
Ele era uma criança prodígio.
Tocava com as duas mãos.

:52:08
Aposto que era.
:52:10
Provavelmente a satisfazer-se.
:52:12
Morríamos de calor.
:52:15
Oh, sim.
Boa desculpa. Que mais?

:52:19
À tarde, enquanto os adultos
dormiam uma soneca...

:52:23
- Começava a agarrar-lhe o membro.
- É maluco!

:52:25
- Bem, ele tocava-lhe.
- Nunca o deixei!

:52:29
Mentirosa, mentirosa, cuecas a arder,
o nariz tão grande como o do Pinóquio.

:52:33
Não, não estou a mentir.
:52:35
Olhe-me nos olhos e diga,
"Ele não me tocou uma só vez."

:52:40
Ele tocou-me, mas a forma como o fez.
:52:43
A forma como o fez.
:52:46
Está bem, que é que ele fez?
:52:48
Atrás da casa, havia duas árvores.
:52:51
Um plátano e um castanheiro.
:52:53
Sentava-me debaixo do plátano
e ele sentava-se debaixo do castanheiro.

:52:57
E um, dois, três...
Começávamos a masturbar-nos.


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