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Quer dizer quando ele saltou-lhe
para a cueca.
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Ele era uma criança prodígio.
Tocava com as duas mãos.
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Aposto que era.
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Provavelmente a satisfazer-se.
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Morríamos de calor.
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Oh, sim.
Boa desculpa. Que mais?
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À tarde, enquanto os adultos
dormiam uma soneca...
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- Começava a agarrar-lhe o membro.
- É maluco!
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- Bem, ele tocava-lhe.
- Nunca o deixei!
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Mentirosa, mentirosa, cuecas a arder,
o nariz tão grande como o do Pinóquio.
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Não, não estou a mentir.
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Olhe-me nos olhos e diga,
"Ele não me tocou uma só vez."
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Ele tocou-me, mas a forma como o fez.
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A forma como o fez.
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Está bem, que é que ele fez?
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Atrás da casa, havia duas árvores.
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Um plátano e um castanheiro.
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Sentava-me debaixo do plátano
e ele sentava-se debaixo do castanheiro.
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E um, dois, três...
Começávamos a masturbar-nos.
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O primeiro a vir-se...
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..ganhava!
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Porque é que não me ouve?
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Quando é que se veio da primeira vez?
Que idade tinha?
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A primeira vez?
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Estava atrasada para escola.
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Comecei a correr e encosta abaixo.
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De repente,
senti uma enorme excitação.
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Por isso corri desenfreadamente
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e vim-me enquanto corria.
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Quanto mais depressa,
melhor era e vinha-me ainda mais.
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Dois dias mais tarde,
tentei fazê-lo de novo,
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mas sem sorte.
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Porque é que não me ouve?
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Porque é que sinto que estou a falar
para o boneco quando falo consigo?
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A sua solidão pesa em mim.
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Não é complacente. Não é generoso.