:35:06
Chora a vontade,
que eu nao te digo se o faco...
:35:09
...senao, contas ao meu pai.
Porque? Tu nao te tocas?
:35:13
Como é possível nao nos tocarmos
a ver aquela tabaqueira...
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...tao bem fornecida como é,
a dizer:
:35:20
De exportacao?
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E a professora de Matemática,
que parece um leao?
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Minha Nossa Senhora...
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Como é possível nao nos tocarmos
quando ela nos olha daquele modo?
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E que achas que vimos ver
no Día de Santo António,
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quando abencoas os animais?
Os rabos das ovelhas?
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Olindo! Tenho um pneu vazio!
Passas-me a bomba?
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Pronto... Veem como ele me olha?
Como posso falar-lhe da Volpina...
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...e daquela vez em que ela me pediu
para lhe arranjar a bicicleta?
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Sabia que se davam beijos assim,
com as línguas as voltas?
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Eu é que faco as perguntas, nao tu.
Continua.
:36:23
Depois, há a Gradisca.
No Verao...
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...vi-a entrar no cinema.
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Porque... Sabem...
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...sou doido pela Gradisca.
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Quero uma mulher como ela.
:36:40
Ela estava sozinha.
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Estava ali, a minha frente...
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Mudava de lugar.
:36:57
Mudava outra vez de lugar...