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Honraram-me com o seu apoio
e com a sua amizade.
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De facto,
posso dizer com orgulho,
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que alguns dos meus melhores
amigos são italo-americanos.
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Porém, Sr. Presidente,
desta vez e infelizmente,
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tenho de deixar estes
procedimentos
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para presidir a uma reunião muito
importante do meu próprio comité.
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Mas antes de sair,
quero dizer o seguinte:
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que estas audições à Mafia
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são uma mancha
sobre o grande povo italiano,
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porque posso declarar por
conhecimento e experiência própria
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que os italo-americanos estão
entre os cidadãos americanos
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mais leais, cumpridores da lei, pa-
triotas e trabalhadores desta terra.
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Seria uma pena, Sr. Presidente,
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que permitíssemos que umas maçãs
podres dessem mau nome ao lote.
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Porque desde os tempos
de Cristóvão Colombo
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passando pela época de Enrico
Fermi, até aos nossos dias,
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os italo-americanos têm sido
pioneiros a construir
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e a defender a nossa
grande Nação.
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São o sal da terra,
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e são um dos pilares deste país.
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A Mesa pede que se restabeleça
a ordem.
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Decerto que todos concordamos
com o nosso estimado colega.
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Sr. Corleone, foi avisado
dos seus direitos legais.
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Temos uma testemunha,
uma testemunha anterior,
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um certo Willi Cicci.
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Ele disse que é o chefe da família
mais poderosa da Mafia neste país.
:15:32
- É?
- Não, não sou.
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A testemunha testemunhou
que é pessoalmente responsável
:15:38
pelo assassínio de um capitão da
polícia de Nova lorque em 1947,
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e com ele um homem
chamado Virgil Sollozzo.
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- Nega isto?
- Sim, nego.
:15:48
É verdade que no ano de 1950,
planeou o assassínio dos chefes
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das chamadas Cinco Famílias
em Nova lorque,
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para assumir e consolidar
o seu poder perverso?