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Como...?
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Quem é que vem â nossa presença
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e não se atreve a aproximar-se?
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E ela, é a minha irmã Harriet.
Tem de ser.
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Ela mantém-se â distância,
Julia Rainbird,
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porque ainda não sente o seu amor
nem a sua generosidade.
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Ha egoísmo na sua pessoa.
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Não estou para a suportar mais.
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Noite apos noite,
a perturbar-me os sonhos,
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a choramingar, a queixar-se,
a tentar fazer-me sentir remorsos.
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Não sera ela a mostrar-me o bem.
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Diga-lhe que sei
o que tem de ser feito.
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Ha um ano que quero fazê-lo.
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Mas fui eu, Julia Rainbird,
que tomei a decisão,
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e não preciso dela para me espicaçar.
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As suas palavras e os meus pesadelos
estão a pôr-me doente.
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Diga-lhe que pare,
que se va embora e me deixe em paz.
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Não! Não a deixe ir.
Não a deixe ir-se embora!
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Harriet?
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Harriet, fique connosco.
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A sua irmã quer falar-lhe
do fundo da alma.
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Que se passa?
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Ela diz: "Esperei tanto tempo
para saber de ti, Julia.
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Tenho sido tão infeliz."
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Es tu, Harriet.
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Estou tão arrependida.
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Nunca devia ter-te obrigado
a fazer aquilo.
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Tudo isso ja la vai,
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mas farei o possível para o remediar.
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Se ainda for vivo,
hei-de encontrar o teu filho.
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Toma-lo-ei nos meus braços
e ama-lo-ei
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como tu farias, minha pobre Harriet.
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E farei dele um de nos.