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ficamos mais e mais separados.
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Ele estava muito envolvido
na sua carreira.
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Por causa da atitude dele
para com os meus receios
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e a incapacidade dele de lidar
com os meus sentimentos,
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a minha auto-estima
era quase inexistente.
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Estava com medo
e estava muito infeliz.
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Na minha mente, a minha ùnica
alternativa era ir-me embora.
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Quando parti, senti que havia algo
de muito errado comigo
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e que o meu filho ficaria melhor
sem mim.
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Foi sò depois de chegar à Califòrnia,
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depois de fazer terapia, que percebi que
eu não era assim uma pessoa tão terrível.
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E que, sò porque precisava
de um objectivo emocional
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que não era o meu filho,
isso não fazia de mim uma mà mãe.
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Gostaria de apresentar como prova um
relatòrio do terapeuta de Mrs. Kramer,
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a Dra. Eleanor Freedman.
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Protesto, Dr. Juiz!
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O relatòrio é irrelevante e imaterial
e não tem ligação com o requerido.
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Indeferido.
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Mrs. Kramer, pode dizer ao Tribunal
por que està a pedir a tutela?
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Porque ele é meu filho
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e porque o adoro.
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Sei que deixei o meu filho...
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...e que foi um acto terrível.
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Acreditem que tenho de viver com isso
todos os dias da minha vida,
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mas, para conseguir abandonà-lo,
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tive de acreditar que era a ùnica
coisa que eu podia fazer...
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...e que era o melhor para ele.
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Eu era incapaz de funcionar
naquela casa.
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Não sabia...
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...qual seria a alternativa,
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por isso achei melhor não o levar.
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Porém, procurei ajuda...
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...e esforcei-me muito para tornar-me
num ser humano completo...