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E era tão querida, sabes.
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Telefonou-me. Deixou uma mensagem
há coisa de um mês
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para eu ver a Grande ilusão na
televisão e eu nunca lhe liguei.
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Não queria estar a dar-lhe
esperanças ou assim.
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Gostava mesmo de mim, e...
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Sabes que fiquei um bocado
chateada contigo.
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Comigo?
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Se não tivesses apresentado a Mary
ao Yale, podia não ter acontecido.
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Ideia para um conto sobre
pessoas em Manhattan
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que constantemente criam
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estes problemas reais, desnecessários
e neuróticos em que se metem
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porque as impedem de pensar nos
problemas insolúveis e aterradores
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do universo.
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Vamos...
Bem, ter de ser optimista.
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Bem, há certas coisas que
fazem com que valha a pena.
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Como por exemplo?
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OK... para mim...
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Diria Groucho Marx, é uma delas.
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E o Willie Mays.
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E... o segundo movimento da
Sinfonia Júpiter.
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E a gravação de Potato Head Blues
do Louis Armstrong.
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Filmes suecos, claro.
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A Educação Sentimental, de Flaubert.
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Marlon Brando, Frank Sinatra.
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Aquelas maçãs e peras incríveis
de Cézanne.
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O caranguejo do Sam Wo.