:28:02
O que aconteceu às vacas, à vacaria?
:28:04
Mudámos de ideia.
Em vez disso, vamos plantar café.
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- Um bocado arriscado, a esta altitude.
-Já me disseram isso.
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- Não me parece que a preocupe.
- Penso que nunca tentaram.
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Sempre que volto as costas,
tudo quer voltar ao estado selvagem.
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E voltará.
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O seu homem--
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- Não é um Kikuyu.
- Não.
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Devo mandar dar-lhejantar?
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Não faça nada por ele,
muito obrigado, Baronesa.
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É uma verdade dos Somalis.
São a única tribo que sabe de cavalos.
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Não bebem, não recebem juros, nem
andam atrás das mulheres dos outros.
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Para isso é preciso ir à cidade.
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Sabe que em toda a literatura...
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não há um poema
que glorifique o pé.
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Há sobre lábios, olhos, mãos, rosto...
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cabelo, seios...
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pernas, braços,
até sobrejoelhos.
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Mas não há um verso
para o pobre pé.
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- Sabe porquê?
- Prioridades, penso eu.
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Pensou que poderia fazer um?
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O problema é que não há nada
que rime com pé (foot)
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- Pôr (put).
- Não é um substantivo.
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Não interessa.
Então ele veio e pôs (put)...
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na minha fazenda o desastrado pé (foot).
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Está na hora de nos contar a história.
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Quando conto uma história
em casa, às minhas sobrinhas...
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uma delas dá sempre o mote.
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- Qualquer coisa?
- Absolutamente.
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Era uma vez um chinês errante
chamado Cheng Huan...
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que vivia em Limehouse...
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e uma rapariga chamada Shirley.