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Vemos um filme 100 vezes.
Sem puder fazer mais nada.
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Acabas por começar a falar com a Garbo
ou Tyrone Power como um maluco.
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Trabalhas como um burro.
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Até nas férias:
Páscoa, Natal.
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Só tens as Sextas Feiras Santas livre.
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E se não tivessem pendurado
Cristo numa cruz...
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Trabalhava até nessa altura.
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Então porque não mudas de emprego?
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Porque sou preciso.
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Quem mais por aqui sabe
pôr um projector a funcionar?
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Ninguém. É preciso um
idiota como eu.
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E eu nunca tive muita sorte.
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Portanto! Queres ser um falhado
como eu? É isso?
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Lindo menino, Toto.
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Eu apenas digo-te isto para o teu próprio bem.
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É duro estar aqui. É sufocante no verão,
gelado como a morte no Inverno.
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Respiras fumos.
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E ganhas restos de galinha.
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Não há nada que gostes?
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Oh, acabas por te habituar.
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Ás vezes ouves...
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quando o cinema está cheio de pessoas...
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risos e gargalhadas.
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E ficas feliz também .
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Faz-te sentir bem ouvi-los.
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Como se fosses o responsável
por os teres feito rir...
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Aquele que os fez esquecer
dos seus problemas.
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Dessa parte eu gosto.
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Mais valia estar a falar Grego!
O que estás a tramar?
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A fingir que ouves,
e a fazer de mim palhaço!
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A tua mãe tem razão!
És insuportável!