:05:08
- Lignière! Ide-vos embora?
- Sim, tenho sede.
:05:10
Não, ficai! Ela vai chegar.
Um momento! Lignière, por favor!
:05:13
Meu caro, eu vim
para vos prestar serviço.
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A senhora não vem,
regresso ao meu vício.
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Paris é-me desconhecido.
Só vós me podeis ajudar.
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- Quero saber o seu nome...
- Terá de lho perguntar.
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Não ouso falar-lhe
porque não tenho disposição.
:05:24
Tenho medo que ela seja...
Meu Deus! Ei-la!
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Magdeleine Robin,
dita Roxane.
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Fina. Preciosa...
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Preciosa, orfã e prima
do famoso Cyrano...
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Dir-se-ia um pêssego que sorrisse
com lábios de morango!
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E tão fresco que seria possível,
ao aproximarmo-nos,
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constipar o coração!
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Quem é aquele homem?
Diz depressa, tenho medo.
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- É o Conde de Guiche.
- Está apaixonado por ela?
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Inflamado.
Mas um pormenor o incomoda...
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Qual?
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Ele é casado...
Com a sobrinha de Richelieu.
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E quer casar Roxane
com aquele pobre coitado...
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É um tal Valvert, visconde...
e condescendente.
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Roxane não quer,
mas de Guiche é poderoso,
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pode perseguir
uma pobre burguesa.
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De resto, denunciei a sua estratégia
manhosa numa canção que...
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Ele deve detestar-me!
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- O final era pérfido...
- Onde ides?
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Boa noite.
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Começar! Começar!
Começar! Começar!