Cyrano de Bergerac
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:19:00
Patife, velhaco, ridículo,
alarve de pé chato!

:19:03
Sim!... Eu sou, Cyrano-Savinien,
Hercule de Bergerac!

:19:07
Palhaço!
:19:08
O que é que ele diz mais?
:19:10
É preciso pô-la em movimento,
senão ela fica dormente...

:19:13
É o que dá deixá-la
sem actividade!

:19:15
Que tendes?
:19:16
Tenho formigueiro
na minha espada!

:19:21
Que assim seja!
:19:23
Ela ama quase apaixonadamente
este ruído!

:19:27
- Poeta!
- Sim, senhor, poeta!

:19:29
E de tal maneira que,
esgrimindo,

:19:31
vou compor-vos uma balada
de improviso.

:19:35
Uma balada?
:19:36
E ferir-vos, Senhor,
no último verso.

:19:38
Não!
:19:39
“Balada de um duelo
que num hotel borgonhês

:19:44
o senhor de Bergerac travou
com um patife!”

:19:48
O que é isso,
se faz favor?

:19:50
É o título.
:19:52
- Escutai! Nada de barulho!
- Esperai...!

:19:55
Estou à procura das rimas...
Já está.

:19:59
Tiro com graça o chapéu...
:20:04
... desembaraço-me lentamente...
:20:07
da grande capa que me abriga...
:20:12
E desembainho a minha espada.
:20:20
Elegante como Célandon.
:20:23
Ágil como Escaramouche.
:20:27
Aviso-vos,
meu caro Myrmidon

:20:30
que no fim da balada...
vou ferir!

:20:50
Melhor seria ter-vos
mantido neutro.

:20:54
Onde vou eu guarnecer-vos,
peru?

:20:57
No flanco, sob o peito?

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