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Os versos dos meus amigos!
Rasgados! Desmembrados!
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Os vossos péssimos escritores
de linhas tortas!
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Formiga!...
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Não insulteis
essas divinas cigarras!
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- Fazer isto aos versos!
- Nem mais.
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Que fazeis, então,
senhora, à prosa?
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- Miúdo! Que queres?
- Três pastéis.
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Aqui estão,
bem tostados e quentinhos.
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Podia embrulhá-los,
se faz favor?
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- Num saco?
- Sim, claro!
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Que eu os embrulhe?
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Tal como Ulisses, no dia
em que abandonou Penélope...
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Este, não!
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O louro Febo...
Este, não!
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- Então, quandos vos decidis?
- Pronto, pronto, pronto!
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Miúdos...
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Devolvam-me o soneto a Filis.
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Em vez de três pastéis,
dou-vos seis.
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Fillis!
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Por cima deste doce nome,
uma nódoa de gordura!
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- Que horas são?
- Meu Deus!
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Sete horas.
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Que cena ontem à noite!
Que combate!
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- Qual?
- O do hotel de Borgonha!
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- O duelo!
- Sim, o duelo em verso!
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- Não sabe falar de outra coisa.
- No fim da balada...
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Mais uma vez! Não!
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Dou o toque! No fim da balada
darei o toque!
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Como é belo!
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- Que horas são, Ragueneau?
- Sete horas e dois minutos.
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Fazer uma balada!
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- Que tendes na mão?
- Nada. Um golpe.
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- Passaste por algum perigo?
- Eu? Não, nenhum.
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Creio que estais a mentir.
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Estou aqui à espera de alguém.
Podereis deixar-nos sós?
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É que eu não posso!
Os meu poetas vão chegar!
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Para a sua primeira refeição!