:49:05
Não sei por que estou a fazer isto.
:49:08
Nunca nada disto me aconteceu.
:49:12
Isto é, nada.
Agora não consigo parar com isto.
:49:18
É ele? És tu?
:49:21
És giro. Branco, mas giro.
:49:24
Não percebo porque voltou ele.
:49:27
- Não sei.
- Por que está ele ainda aqui?
:49:30
Ele está preso,
está entre os dois mundos.
:49:34
Às vezes, o espírito
é arrancado tão depressa
:49:37
que a essência ainda sente
ter trabalho a realizar.
:49:40
- Podes parar de divagar?
- Estou só a responder-lhe.
:49:44
- Ele armou-se em autoritário.
- Não armei nada.
:49:47
Armaste, sim.
Estamos a discutir.
:49:50
Caso contrário,
não me levantarias a voz.
:49:53
- Raios, eu não levantei...
- Não fales assim comigo.
:49:58
- Tem calma.
- Tem tu calma. Estás morto.
:50:01
Pede desculpa ou vou-me embora.
:50:04
Vou-me embora. Ninguém me fala
desse modo. Entendes?
:50:09
- É melhor pedires desculpa.
- Desculpa.
:50:14
Podes sentar-te, por favor?
:50:18
Ele pediu desculpa.
:50:21
Preciso que digas à Molly
o que eu disser, palavra por palavra.
:50:27
Sim. Ele quer que eu diga o que ele
vai dizer, palavra por palavra.
:50:37
Molly, estás em perigo.
:50:39
Não podes dizer isso assim.
E pára de andar às voltas,
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pões-me tonta.
Eu digo-lhe à minha maneira.
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Molly, estás em perigo, rapariga.
:50:50
De que está a falar?
:50:53
Eu sei quem me matou.
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Chama-se Willy Lopez
e eu sei onde ele vive.
:50:58
Chama-se Willy Lopez, é porto-riquenho
e ele sabe onde ele vive.