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Sim, quando...
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...arrombava fechaduras
para roubar.
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Diz isso a Alá.
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Podem humilhar-se
e rastejar para pecar,
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mas não para salvar a alma?
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- Arromba a fechadura.
- Eu quero.
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Deus sabe que quero.
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Nesse dia, recebi uma carta
de Elijah Muhammad.
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O apóstolo sagrado
escrevia a um zé-ninguém,
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um drogado, um chulo,
um condenado.
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Vim dar-te algo que nunca
poderá ser-te retirado.
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Trago-te o sentido
do teu próprio valor.
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O valor de um ser humano,
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o conhecimento de si próprio.
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Era como uma luz
deslumbrante
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e senti que ele estava
no meu quarto.
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Vestia um fato escuro
e, naquele rosto,
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vi uma sabedoria e dor
tão velhas e profundas
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que mal podia olhar
para ele.
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Sabia que não estava a sonhar.
Ele estava ali comigo.
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Eu digo-te
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que a criação
mais perigosa do mundo,
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em qualquer sociedade,
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é o homem que não tem
nada a perder.
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Não são precisos
dez homens desses
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para mudar o mundo.
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Um chega.
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A terra pertence-nos a nós,
aos negros,
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e tudo o que está à volta
dela ou sobre ela,
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ou dentro dela,
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pertence-nos.