Malcolm X
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Trago-te o sentido
do teu próprio valor.

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O valor de um ser humano,
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o conhecimento de si próprio.
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Era como uma luz
deslumbrante

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e senti que ele estava
no meu quarto.

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Vestia um fato escuro
e, naquele rosto,

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vi uma sabedoria e dor
tão velhas e profundas

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que mal podia olhar
para ele.

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Sabia que não estava a sonhar.
Ele estava ali comigo.

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Eu digo-te
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que a criação
mais perigosa do mundo,

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em qualquer sociedade,
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é o homem que não tem
nada a perder.

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Não são precisos
dez homens desses

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para mudar o mundo.
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Um chega.
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A terra pertence-nos a nós,
aos negros,

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e tudo o que está à volta
dela ou sobre ela,

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ou dentro dela,
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pertence-nos.
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E, depois, tal como
aparecera, desapareceu.

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E, depois, fui capaz.
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Ensinaram-nos que Paulo,
na estrada para Damasco,

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ouviu a voz de Cristo.
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Ficou tão abalado com
a verdade que caiu do cavalo.

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Não quero comparar-me
a Paulo, mas agora compreendo.

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Aconteceu-me a mim.
Porquê a mim?

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Caro Irmão Malcolm,
estou de volta

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ao seio do Islão,
graças a Alá.

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Não temos muito,
mas o que temos é teu.

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A minha mulher e o meu filho
dizem, como eu,

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que, quando saíres,
venhas para junto de nós.

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A seguir.
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Como queres?
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- Corte tudo.
- Este cabelo tão liso?

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Escreves a agradecer-me.
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Não me agradeças a mim.

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