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Quero acentuar que Elijah
Muhammad não é um político.
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Por isso, não estou aqui
como Republicano ou Democrata,
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nem como mação ou elk,
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nem como protestante ou católico,
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nem como cristão ou judeu,
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nem como baptista ou metodista.
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De facto, nem mesmo
como americano.
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Porque, se eu fosse americano
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o problema que se apresenta
ao nosso povo não existiria.
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Por isso, me apresento aqui hoje
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como o que era quando nasci...
Um negro.
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Antes de haver republicanos
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ou democratas,
já nós éramos negros.
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Antes de haver mações e elks
já nós éramos negros.
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Antes de haver
judeus e cristãos,
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já havia o povo negro.
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De facto, antes de haver América,
já nós éramos negros.
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E, muito depois de a América
desaparecer,
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continuará a haver negros.
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Vou dizer as coisas
como elas são.
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Quando há eleições, mandam cá
os políticos pacificar-nos.
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São para cá mandados
e instalados pelo branco.
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É o que eles fazem!
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Mandam drogas para o Harlem,
para nos pacificar.
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Mandam-nos álcool,
para nos pacificar.
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Mandam prostituição,
para nos pacificar.
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Não se conseguem drogas no Harlem
sem autorização dos brancos.
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Não se consegue prostituição
no Harlem sem a autorização deles.
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Não se consegue jogo no Harlem,
sem a autorização deles.
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Quando se destrói o selo
de uma garrafa de bebida,
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destrói-se um selo do governo.
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Digo e repito
que têm sido enganados.
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Têm sido levados e aldrabados.
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Ludibriados, intrujados, burlados.
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É o que o branco faz.
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Há quem chame
a isto ensinar o ódio.