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... que não as de um irmão
para uma irmã,
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mostrando uma sinceridade
recatada e um amor puro.
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E eu não vos pareci fazer o mesmo?
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Parecias-me Diana na sua esfera,
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mas o teu sangue é mais ardente
do que o de Vénus...
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lde-vos!
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... ou do que o de animais nutridos
no excesso de uma luxúria selvagem!
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Sentis-vos bem,
para assim falardes?
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- Porque não falais?
- Que posso dizer?
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Sinto-me desonrado por ter querido
unir o meu amigo a uma devassa.
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Que homem falou contigo
ontem à noite,
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à tua janela,
entre as doze e a uma?
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Não falei com homem nenhum
a essa hora!
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Não sois uma donzela. Leonato,
lamento que tenhais de ouvir isto.
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Posso jurar que eu, o meu irmão
e este infeliz conde a vimos,
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àquela hora, a noite passada,
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a falar com um tratante à janela.
Ele, um devasso sem escrúpulos,
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confessou os encontros vis
que mil vezes tiveram secretamente.
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Partamos. Estas coisas,
assim reveladas, sufocam-na.
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Prima, porque desfaleces?
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Não há aqui um punhal
que me mate?
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Não vivas, Hero! Não abras os olhos!
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- Larga-a!
- Com pena minha, só tive uma filha.
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Porque a tive?
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Porque foste sempre querida
aos meus olhos?