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Hoje a Ellen veio assistir ao ensaio,
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excitadíssima por conhecer
o elenco, especialmente o Warner.
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- Warner, esta é a Ellen...
- Prazer em çonhecê-la.
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Deve estar orgulhosa,
o talento dele é raro.
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A manhã prosseguiu bem
durante a primeira meia hora,
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até ocorrer novo incidente.
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''O coração obedece
ás suas próprias regras.''
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''Para médica, o seu respeito
pelo racional é pouco profundo.''
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David, posso...?
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Não entendo a personagem aqui,
de repente ficou tão esperta...
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Pois, e porque lhe diz ela
que deixe o noivo?
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Por andar com o Tenente.
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Mas ela está só a dizer
o que pensa o dramaturgo.
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- E porque largaria o Tom?
- Por ser impulsiva.
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Não convence...
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E também não percebo,
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se eu sou médica,
como lhe dou tão maus conselhos?
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O conselho não é mau.
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Mas no 1ºAçto diz
que o Tom alterou a vida dela.
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Mas sente-se
irracionalmente atraída por ele.
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- Não faz sentido...
- Mas tentem assim.
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- Tem algo de contraditório...
- Eu cá acho mau teatro.
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Eu digo onde está o erro.
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Um momento, não vamos cair
numa discussão...
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Ela não devia deixar o gajo,
devia aguentar-se com ele.
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E quando o Tenente discutisse
com a mulher e a deixasse,
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reparava nela.
Assim já era menos chato.
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Alguém diga qualquer coisa!
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- Acho-a uma boa ideia.
- Não é má...
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- Estás a brincar?
- Até que não é mesmo.
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Quanto a mim, gosto,
acho-a muito dramática.
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Ellen, vês o que tenho
de aturar todos os dias?
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Espera, acho até interessante
o conceito dele.
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Não digo que...
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Ela não deixa o Tenente.
Não deixa o noivo.