1:44:04
Devia ter-te dito que era tudo o que me importava.
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E tu não lês pensamentos, pois não?
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Desculpa...
- Não tens de pedir.
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Só que não vou poder tomar o pequeno-almoço contigo.
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Não vais porquê?
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Porque tenho de voltar lá a casa pelo relógio.
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Os bandidos não estarão ã tua espera lá?
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É o que irei descobrir.
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Se estiverem e achar que não chego para eles, então fujo.
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Eu vi o teu relógio, pensei tê-lo trazido.
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Tenho tanta pena...
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Toma dinheiro, vai lá comer
o teu pequeno-almoço.
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Levo o Honda e volto antes que digas tarte de amoras.
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Tarte de amoras...
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Talvez não tão depressa, mas depressa.
1:45:34
De todas as porcarias de merda
que podia esquecer,
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vai esquecer o relógio do meu Pai!
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E sei que lhe lembrei, "Na mesa
de cabeceira, no canguru;
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não te esqueças do relógio do meu Pai".