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Uma vez perguntei
a um agente literário
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que tipo de escrita dava mais lucro.
Ele disse: "Notas de resgate".
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Aqui está... "Mr. Lovejoy".
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"Lovejoy está no carro a olhar
para um bar, como uma câmara."
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- Anda a seguir alguém?
- Lê. Vais gostar.
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Harry, os teus investidores
estão aqui.
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- Minha nossa!
- Muito bem, eis o plano.
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Fá-los sentar nestas cadeiras.
No sofá, não.
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Não. Deixa os estores abertos.
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Quero que a luz lhes bata
de frente nos olhos.
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Eu fico à secretária.
Não me apresentes. Fala.
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Ficas atrás deles.
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Vão ficar a olhar para ti,
mas não sabem quem és.
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Vão perguntar:
"Quem é este tipo?".
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Não respondas.
Não lhes digas quem sou.
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- Tenho de dizer alguma coisa...
- Não tens nada.
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Não digas mais do que deves.
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A não ser: "Ainda bem que vieram.
Vou explicar a situação."
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Diz que o filme foi adiado por
um ano, mas não digas porquê.
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Não fales do "Mr. Lovejoy".
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Vamos lá.
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- Ronnie!
- Viva, Harry.
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É uma distorção do tempo?
Parece a Hollywood do passado.
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Sentem-se.
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Este é o Chili Palmer.
Vai trabalhar comigo.
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Apesar do que possam ter ouvido,
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o vosso investimento no "Freaks"
está bem seguro.
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Eu oiço-te, mas onde estás tu?
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Estou mesmo aqui.
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O que queria saber
é onde tens estado.