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Calma. Doçura, não é boa altura
para desatinares com o homem...
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- Chiça, ele também te ferrou?
- Eu trato disto.
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Pois, é contigo.
Vou para a cozinha.
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- Queres um cappuccino?
- Bem-vinda ao lar.
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Não preferes vinho tinto?
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Ou, depois da noite de ontem,
talvez queiras algo mais incisivo.
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- O que é que me fizeste?
- Apenas aquilo que pediste.
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- Não te pedi isto!
- Não, mas desejava-lo.
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Fazia-te falta,
e agora podes senti-lo, olha para ti.
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Sentes-te viva como jamais.
Não lutes contra isso.
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- A morte fica-te bem.
- Foste tu, não foste?
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Todos os homicídios,
no beco, no barco, a Nikki.
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É um dom, que tu aliás já possuías,
só o fiz desabrochar em ti.
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- Dom?! De quê, da morte?
- Da vida!
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- Dei-te vida eterna!
- Isto não me está a acontecer.
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Está, neste preciso momento.
Diz-me, não o sentes?
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Vem cá! Escuta. Escuta-me!
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Ouves aquilo?
Ouves? É o som da noite
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que nos chama.
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Não a mim. Não a mim!
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Mulheres.
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Aterrador, não é?
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Sim, tu és.
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Referia-me à liberdade
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de fazermos o que quisermos,
a qualquer hora, em qualquer lugar.
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Sei que, de início, é aterrador.
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Passei por estar aterrada
há uma meia hora atrás.
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Sempre quiseste saber porque
sentias coisas que ninguém sentia,