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Está, neste preciso momento.
Diz-me, não o sentes?
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Vem cá! Escuta. Escuta-me!
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Ouves aquilo?
Ouves? É o som da noite
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que nos chama.
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Não a mim. Não a mim!
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Mulheres.
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Aterrador, não é?
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Sim, tu és.
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Referia-me à liberdade
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de fazermos o que quisermos,
a qualquer hora, em qualquer lugar.
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Sei que, de início, é aterrador.
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Passei por estar aterrada
há uma meia hora atrás.
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Sempre quiseste saber porque
sentias coisas que ninguém sentia,
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porque é que nunca te constipaste
ou fracturaste um osso.
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Isto não passa dum sonho, certo?
Em breve vou despertar e...
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E eu lá estarei.
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Nunca mais ficarei só.
Sem ti, morreria.
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Tenho de regressar à minha vida,
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não me podes impedir.
Não podes.
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Vai, então.
Volta para o caixote onde moras,
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cheio de sonhos vãos.
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Volta para a igreja
e não te esqueças das esmolas,
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que o pastor está a ficar sem uísque.
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Volta para o teu emprego,
onde te gozam e te chamam doida!
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Ou então, enfrentas a verdade -
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que não te resta nada
senão vires a mim.
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Que sabes tu da verdade?
Mentiste-me desde o início.