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Tu e o advogado
têm uma hipótese de outra vida,
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de seguirem o bom caminho.
- Para nós não há hipóteses.
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Eu jantava com a Carol
de vez em quando.
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Ela ainda vivia no bairro e era
assistente social em South Bronx.
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Nunca deixara
de se preocupar connosco.
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Quando saíamos todos,
a Carol ia entre o Michael e o John,
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de braço dado,
entre o advogado e o criminoso.
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Assalta-me ou casa comigo. Estou
cansada demais para outra coisa.
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Não te contentas
com umas cervejas, Carol?
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Se é a tua melhor oferta...
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Acrescentarei
um abraço e um beijo.
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Combinado.
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- Tens um ar cansado.
- Obrigado.
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Não te dão tempo para dormir
nesse novo emprego?
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Então, o que sabes?
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O que o bairro diz.
E o que leio nos jornais.
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O que diz o bairro?
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Que o Johnny e o Tommy
vão para a cadeia
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e que o melhor amigo
é que os mete lá.
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- Acreditas nisso?
- É difícil não acreditar, Shakes.
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A menos que estejamos todos
enganados. Ele aceitou o processo.
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- Pois aceitou.
- Então que mais há a dizer?
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Conheces bem o Michael.
Talvez melhor do que eu.
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Julgava conhecer. Agora, não sei.
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- Conheces...
- Não sei!
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Ele é que pediu o processo.
Que raio de amigo é esse?
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Dos melhores. Daqueles que abdica
de tudo para ajudar os amigos.
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Que estás a dizer-me, Shakes?
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Tu conheces este bairro, Carol.
Vive de expedientes.
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Por que é que este caso
seria diferente?
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Tenho fome.
Vou preparar qualquer coisa.