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Endireito-me,
como quem não quer a coisa,
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e que faz o valentão?
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O dito valentão acagaça-se todo;
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pousa o copo, dá meia-volta
e pernas para que vos quero.
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E depois daquilo...
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Prontos, o jogo era meu.
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E pronto, foi aquela
a história do Begbie.
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Ou aliás, a versão dele
da história.
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Só que dias depois soube
a verdadeira pelo Tommy.
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Sabia-se sempre a verdade
pelo Tommy,
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era das maiores fraquezas
dele, nunca mentir.
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E nunca se drogar
e nunca aldrabar ninguém.
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Era 4a. de manhã e estávamos
no Volley a jogar bilhar;
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até aí é verdade.
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Mas o Begbie estava a jogar
mal como o camandro,
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a ressaca era tanta que mal
segurava o taco,
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quanto mais acertar na bola.
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Fiz o que pude para perder,
para o pôr bem disposto,
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mas qual quê, não conseguia
falhar nem uma bola,
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e ele, não dava com uma
para a caixa.
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Portanto, está puto da vida.
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Mas lá consigo que lhe baste
meter a preta
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para ganhar um jogo;
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assim talvez fique contente
e já não me parta os cornos.
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Portanto, tem de meter a preta,
é agora ou nunca...
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E então é que a coisa
dá mesmo para o torto.
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Dirige-se ao bar
a um caixa d"óculos
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e acusa-o de ter lixado tudo
por olhar para ele.
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E o banana nem sequer tinha
olhado na nossa direcção.
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Ia dando cabo dele.
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E depois quase ainda dava
cabo de mim.
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O gajo é marado dos cornos.
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Mas é um chavalo dos nossos,
portanto que se há-de fazer?
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Emprestas-me esta?
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Que se havia de fazer, pois?
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Ficar a ver,
tentando não nos meter?