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Mas esta entrevista
está-me a dar boas vibrações.
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Parece estar a correr bem, não?
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Obrigado, mr. Murphy.
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Depois será informado.
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O prazer foi meu, meu.
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O Spud portou-se bem,
tive orgulho nele.
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Lixou qualquer hipótese,
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o gajo saiu-se mesmo bem.
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Estão a ver a cena:
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eu e o Tommy no Volley,
jogando bilhar.
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Eu, bem como o Paul
Newman, a propósito,
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dando aqui ao chavalo
a tareia da vida dele.
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E chega a hora da última tacada,
da bola que decide a partida.
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É a minha vez e ele está sentado
no canto, todo apalermado.
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E entra um cabrão de merda,
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que se devia achar muito bonito.
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Põe-se a olhar fixamente
para mim, como a desafiar-me!
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Vocês conhecem-me,
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não sou gajo para andar
à procura de merdas,
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mas quem tem o caco sou eu
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e o gajo está mesmo a pedir
para levar com ele nos cornos.
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Endireito-me,
como quem não quer a coisa,
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e que faz o valentão?
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O dito valentão acagaça-se todo;
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pousa o copo, dá meia-volta
e pernas para que vos quero.
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E depois daquilo...
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Prontos, o jogo era meu.
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E pronto, foi aquela
a história do Begbie.
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Ou aliás, a versão dele
da história.
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Só que dias depois soube
a verdadeira pelo Tommy.
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Sabia-se sempre a verdade
pelo Tommy,
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era das maiores fraquezas
dele, nunca mentir.
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E nunca se drogar
e nunca aldrabar ninguém.
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Era 4a. de manhã e estávamos
no Volley a jogar bilhar;
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até aí é verdade.
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Mas o Begbie estava a jogar
mal como o camandro,
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a ressaca era tanta que mal
segurava o taco,
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quanto mais acertar na bola.
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Fiz o que pude para perder,
para o pôr bem disposto,
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mas qual quê, não conseguia
falhar nem uma bola,
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e ele, não dava com uma
para a caixa.