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Não tenha vergonha. Segure a minha mão.
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Admiro quem luta pelo que quer...
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mas, se mexer de novo comigo,
te arranco os olhos...
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e estupro essa sua cabeça.
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Desculpe a linguagem.
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Foi um bom soco, não?
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Sólido.
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É, foi ótimo.
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Você lavou os pratos e levou um soco.
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O que estava planejando?
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-Perdi alguma coisa?
-Não sei.
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Não havia plano. Eu só queria encará-lo...
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ficar por perto, conversar com ele.
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Eu tinha a impressão de que ele era Deus.
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E agora, o que acha?
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Não acho mais que seja Deus.
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Agora, é só um tipo de deus do vulcão,
deus dos mares...
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um desses subdeuses.
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Maggie, acho que ele gostou de mim.
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Mas tem uma coisa.
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Ele disse que ia "estuprar minha cabeça".
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Ele diz isso pra todo mundo. Fique frio.
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Desculpe.
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Achei que fosse uma coisa bem esquisita.
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Eu não posso culpá-lo.
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Eu soltei a mão e caí do trepa-trepa...
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com a cara no chão.
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E quebrei estes dentes ao meio.
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Eu estava lá, caído, com sangue na cara...
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a molecada gritando,
professores tendo um troço...
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aí eu olhei para cima e a vi.
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Ela me olhava com um
sorrisinho preocupado.
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Eu juro que, quando a vi...
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a dor sumiu.
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Uma vez, fotografei uns patinhos...
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que perseguiam um jardineiro no parque.
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Pensavam que fosse a mãe deles...
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e ficavam seguindo-o,
enquanto ele cortava a grama.
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Parece isso mesmo!
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Ela é uma fixação!
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Só que esse cara, um dia...