1:17:00
Tens memória fotográfica?
1:17:04
Não sei, só que me lembro
das coisas.
1:17:07
Lembras-te do meu telefone?
Pronto, é assim.
1:17:10
Estudaste química orgãnica?
- Umas coisinhas...
1:17:13
Só pelo gozo?
1:17:15
Claro, química orgãnica é tão
divertida... Tu serás doido?!
1:17:21
Não regularás?
Ninguém a estuda pelo gozo,
1:17:25
não é necessária, especialmente
a alguém como tu.
1:17:28
Alguém como eu?
1:17:30
Pois, que divide o tempo entre
tacadas de beisebol e bares.
1:17:34
Ninguém a achar
uma necessidade.
1:17:39
Há gente muito inteligente
aqui em Harvard
1:17:41
mas até essa tem de estudar
porque não é nada fácil.
1:17:48
E para ti é canja.
Eu cá não percebo...
1:17:51
...como o teu cérebro trabalha.
- Tu tocas piano?
1:17:54
Quer falar sobre isto!
- Pois, e tento explicar...
1:17:57
Tu tocas?
- Alguma coisa.
1:17:59
Portanto, olhas um piano
e pensas Mozart.
1:18:02
Penso "Martelinhos".
1:18:04
Mas por exemplo o Beethoven
olhava um piano
1:18:07
e tudo fazia sentido;
tocava e pronto.
1:18:09
Tu tocas piano?
1:18:11
Não, olho-os e só vejo
uma fiada de teclas,
1:18:14
três pedais e uma caixa
de madeira.
1:18:17
Mas Beethoven e Mozart olhavam
um piano e começavam a tocar.
1:18:20
Eu não sou capaz de pintar,
não posso jogar profissionalmente
1:18:24
e não sei tocar piano.
1:18:26
Mas acabavas o meu trabalho
em menos de uma hora.
1:18:29
Pois, dão-me coisas dessas
e é como o piano para eles.
1:18:36
É a melhor maneira que sei como explicar.
1:18:40
Chega-te cá,
quero dizer-te uma coisa.