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Com aquele penteado, diziam que era
esquisito. Um tipo assim inteligente.
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Muhammad Ali, quando dizia em que
round ele ia eliminar alguém
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e gritava "Sou o maior.",
as pessoas achavam isso esquisito.
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- E Joana d'Arc, ouvia vozes.
- Tal como tu, papá?
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Sim, como eu.
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Escuta, é isto que tento dizer-te.
Aconteça o que acontecer, sê tu mesma.
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E gosta de ti assim.
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Porque te adoro.
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Dá-me um beijo.
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Sim.
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- És espectacular.
- Oh, obrigado.
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E esquisito também.
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- Vemo-nos lá dentro.
- Está bem.
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lsso foi lindo.
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- Lucky! Que fazes aqui?
- Tens um lenço?
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Tenho. Ali na bolsa detrás.
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Desculpa ter-te ignorado em casa.
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Disseste "Sê quem és." Tinhas razão.
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Fizeste com que eu voltasse a
encontrar o que tinha esquecido, Lucky.
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Podes acalmar-te?
Estou a tentar falar.
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- Então fala.
- Estou a tentar dizê-lo.
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- Que achas que tento dizer?
- "Adoro-te, Lucky."
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- Não é o que tento dizer.
- Sim, é.
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lsso não é o que tento dizer.
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Vá lá. Lá no fundo é o que queres dizer.
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Vá. Vais sentir-te melhor. Anda.
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Desembucha. Vá. Tu sabes. Tu sabes.
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- Eu adoro-te.
- Adoras-me?
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Vou precisar de outro lenço.
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- Onde vamos?
- Vamos estragar a minha vida.
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Acorda!