2:12:02
Queres saber? Eu digo-te.
2:12:05
Não vou caminhar pelo Vale
da Sombra da Morte, esta noite.
2:12:08
Vou galopar nele.
Entretanto, o meu negócio...
2:12:11
foi apropriado por um par de reles piratas.
2:12:14
Já me esquecia.
A minha filha apaixonou-se pela Morte.
2:12:19
E eu estou apaixonado pela tua filha.
2:12:24
Como é?
2:12:30
Estou apaixonado pela tua filha,
e vou levá-la comigo esta noite.
2:12:34
-Vais quê?
-Ouviste bem, Bill.
2:12:37
Não levas a Susan para lado nenhum.
Temos um trato.
2:12:41
Lamento.
2:12:46
A Susan é minha filha.
Tem à sua frente uma vida maravilhosa.
2:12:49
Queres privá-la dela e dizes-me
que lamentas.
2:12:52
Sinto muito. Desculpas não aceites.
2:12:54
Não quero saber, Bill.
2:12:57
Eu amo-a.
2:12:59
Fica-te muito bem...
2:13:02
Levares o que te apetece
só porque te agrada.
2:13:05
Isso não é amor.
2:13:07
Então o que é?
2:13:09
Uma imitação sem objectivo que,
por agora, te apetece representar.
2:13:15
Falta tudo o que é importante.
2:13:17
E que é...?
2:13:19
Confiança, responsabilidade,
2:13:21
suportar o peso das tuas opções...
2:13:23
passar o resto da vida a viver para elas...
2:13:25
e sobretudo, não ferir
o objecto do teu amor.
2:13:29
É então isso o amor
segundo William Parrish.
2:13:32
"Multiplica pelo infinito,
leva-o para as profundezas do eterno,
2:13:34
"e ainda terás um vago relance
daquilo que estou a falar."
2:13:38
-Foram as minhas palavras.
-São minhas agora.
2:13:42
Bill, Susan quer vir comigo.
2:13:46
Ela ama-me.
2:13:46
Ela ama-te?
2:13:48
Quem és tu? Disseste-lhe quem eras?
2:13:51
-Não.
-Ela sabe para onde vai?
2:13:57
Ela apaixonou-se por aquele pobre diabo...