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Levares o que te apetece
só porque te agrada.
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Isso não é amor.
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Então o que é?
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Uma imitação sem objectivo que,
por agora, te apetece representar.
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Falta tudo o que é importante.
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E que é...?
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Confiança, responsabilidade,
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suportar o peso das tuas opções...
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passar o resto da vida a viver para elas...
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e sobretudo, não ferir
o objecto do teu amor.
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É então isso o amor
segundo William Parrish.
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"Multiplica pelo infinito,
leva-o para as profundezas do eterno,
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"e ainda terás um vago relance
daquilo que estou a falar."
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-Foram as minhas palavras.
-São minhas agora.
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Bill, Susan quer vir comigo.
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Ela ama-me.
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Ela ama-te?
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Quem és tu? Disseste-lhe quem eras?
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-Não.
-Ela sabe para onde vai?
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Ela apaixonou-se por aquele pobre diabo...
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cujo corpo ocupaste. A partir daí,
é a sequência lógica.
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Não sabes o que é o amor.
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Ela não sabe quem és.
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Fizeste um trato e falhaste-o.
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Estás a enganar a sua alma e a fazê-lo
com os olhos bem abertos.
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-Não gosto do que dizes.
-Já não me importo.
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-Não te deixo roubar a minha filha.
-Não deixas?
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-Não.
-Estás a ameaçar-me?
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Sim, espero bem que sim.
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Amei a Susan desde que ela nasceu.
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Sonho com um homem que a descubra...
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que a ame, que a mereça,
que seja deste mundo, deste tempo...
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e tenha a firmeza de ficar com ela...
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nesta coisa linda chamada vida.
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Basta!
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O que eu sei o que quero.
E o que quero é a Susan.
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E tê-la-ei, e ela a mim.
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É assim que vai ser. Não podes fazer nada.