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Como saberia ele isso?
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Não imagino
o que estaria a pensar.
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Ele era irracional.
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Mandei que o colocassem
longe das batalhas...
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mas ele atirou-se para a frente
contra as minhas ordens.
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Ele perdoa-me por tudo
o que sabia que eu faria.
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Mas como me posso perdoar
a mim mesma?
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Perdoar?
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Eu amava-o, Luís.
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Ainda o amo.
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Ainda...
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E ao fingir amar-te,
faço uma coisa horrível.
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Finges?!
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Pequei contra o amor
e contra Deus
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para obter a tua piedade,
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que não me darias
sem o meu pecado.
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Vou arder no inferno
e tu também.
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Não. Não, não.
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Não, meu amor.
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Tu arderás no inferno,
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mas eu não,
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pois eu sou Rei,
por vontade de Deus.
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Anda! Temos de partir.
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- Traz a minha mala.
- Onde vais?
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Paris.
Vou-me ausentar por uns dias.
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Quero tudo pronto quando voltar.
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Queres que faça o impossível
sozinho?
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Esta é a solução perfeita -
uma revolução sem sangue.