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para tornar as personagens memoráveis
e dar-lhes um pouco mais de sumo?"
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Creio que consegui criar personagens
que agradam aos actores.
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Importante para mim
era escolher actores
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que pudessem trazer comédia
a esta história tão sinistra.
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E acho que é importante encontrar
muitas oportunidades de fazer comédia,
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por isso a primeira coisa que se
procurou ao escolher os actores
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foi terem jeito para comédia,
capacidade de improvisação.
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Para mim, como argumentista, isso é
fenomenal porque eles seguem o guião,
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mas, quando improvisam,
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fazem-no dum modo
que realça o guião e o que escrevi.
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É mesmo um prazer vê-los pegar
nas minhas palavras,
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dizerem-nas e, muitas vezes,
melhorarem-nas muito.
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Acho que todas as personagens
representam uma parte de mim.
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Há algo de mim no papel de Fisher
que o Jon Favreau interpreta,
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um homem doce, honesto e encantador
que apenas se quer casar,
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no papel de Michael,
que o Jeremy Piven interpreta,
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um homem irrascível
que não pára de partir coisas,
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no papel de malandro
que o Christian interpreta,
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no papel de pacato observador
que o Leland interpreta,
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e ainda no papel de homem de família
que o Daniel interpreta.
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Todos eles têm aspectos
não só da minha personalidade,
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mas também todos eles
vivem dentro de todos nós.
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E acho que aí que reside o gozo
que nos dá vê-los.
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Um dos problemas dos filmes actuais
é que depressa nos enchem de tédio.
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E algo que eu me propunha
com este filme,
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era poder prometer, pelo menos,
que o filme nunca seria maçador.
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E uma coisa vos posso prometer
neste filme,
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serão 90 minutos de entretenimento
muitíssimo agressivo.
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Por isso, quem quiser um bom abanão
venha ver o filme