:14:03
se apaixonouporuma alemã
que escrevia contospara crianças
:14:07
enos abandonou.
:14:08
Opapá,
impotenteperante a situação,
:14:11
dividiu-nospelas famílias
dos amigosmais chegados.
:14:14
A Margarita foipara Córdova,
a Violeta foicriada em Madrid
:14:18
e eu fuiparara casa
dos Fabra, emAndorra.
:14:21
Otrabalho oficialde Narcís Fabra
eragerirpropriedades,
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mas a verdadeira fonte
de rendimentos era o contrabando.
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E se fosse mentira?
- O quê?
:14:34
O que estou a contar.
- Não percebo...
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Há muIheres que inventam histórias
para se fazerem interessantes.
:14:41
Homens também, caIcuIo...
- De homens, não sei nada;
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há muito que decidi não perder
o meu tempo averiguando como são.
:14:52
Mentira ou não,
conte mais.
:14:57
Está com uma erecção...
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O criado.
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Por causa da Ioira;
:15:08
sempre que a serve
eIa esfrega o joeIho neIe.
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Sinto-me ridícuIa,
contando a minha vida.
:15:21
Não vais deixar
a história a meio?
:15:24
Quando o Franco morreu, os ricos
quiseram põr dinheiro Iá fora
:15:29
e o Fabre ganhou fortunas
:15:31
ajudando-os a Ievá-Io
para a Suíça, via Andorra.
:15:35
E para que a PoIícia espanhoIa
não se infiItrasse no negócio
:15:39
contratou um detective.
:15:42
Eu tinha dezasseis anos...
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E apaixonei-me por eIe.
:15:47
A princípio eIe evitava-me,
assustado por eu ser menor.
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Como precisei de um anzoI
com que o prender
:15:56
mostrei-Ihe fotos recentes
das minhas irmãs