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Sinto-me tão só...
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Tão só como nunca
estive antes na vida.
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DescuIpa.
- Não peças...
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Há bocado fui eu,
agoratoca-te ati.
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Portamo-nos como dois psicopatas.
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Apetece-te faIar?
- Apetece-te ouvir?
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Tudo?
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Tudo o que dure daqui
até ã minha porta de casa.
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Devem haver dúzias de cassetes
circuIando por aí. Centenas.
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Todas as minhas fantasias
ã mão de quem as queira ouvir
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e a sensação é horríveI,
como se me tivessem vioIado.
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Não estarias tão inteiro...
- É, tens razão.
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O meu probIema é não suportar
a reaIidade, precisar de histórias:
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por isso comecei com eIa
- Deve contar cada uma...
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Nem tu imaginas.
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Gosto desse teu corte.
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De certeza que era este o andar?
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Conta-me uma.
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Uma quê?
- Uma história.
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DeIa?
- Não, tua.
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É meIhor não...
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Como queiras.
- Excitávamo-nos...
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Nós, o quê? Excitávamo-nos?
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Passaste toda a noite
pensando que eu...
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Não, só digo que...
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Hátanto tempo que não me excito
que já nem sei quando foi!
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Os homens que engato nas ruas
deixam-me exactamente na mesma.
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Não tens que expIicar...
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Encontras duma vez o teu carro?
- Tem de estar aqui. É um VoIvo.
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Percebo Iá de marcas, diz se é
branco, preto, de que cor!