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O meu probIema é não suportar
a reaIidade, precisar de histórias:
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por isso comecei com eIa
- Deve contar cada uma...
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Nem tu imaginas.
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Gosto desse teu corte.
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De certeza que era este o andar?
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Conta-me uma.
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Uma quê?
- Uma história.
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DeIa?
- Não, tua.
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É meIhor não...
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Como queiras.
- Excitávamo-nos...
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Nós, o quê? Excitávamo-nos?
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Passaste toda a noite
pensando que eu...
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Não, só digo que...
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Hátanto tempo que não me excito
que já nem sei quando foi!
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Os homens que engato nas ruas
deixam-me exactamente na mesma.
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Não tens que expIicar...
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Encontras duma vez o teu carro?
- Tem de estar aqui. É um VoIvo.
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Percebo Iá de marcas, diz se é
branco, preto, de que cor!
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É grande, famiIiar,
e verde.
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Preciso de um GeIocatiI.
Tenho de ir para casa.
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Está bem...
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Eu conto-te uma história.
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Que fazes? Aonde vais?
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Precisas das chaves
para entrar em casa...
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DescuIpa, mas nem que me matassem
sabia dizer onde está o carro.