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Dizes que te conheço,
mas não conheço.
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FaIaste-Ihe de nós?
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Mas é um homem ciumento?
Confia em ti?
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É Iouco por mim.
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Nunca me faIa do trabaIho,
e hoje...
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Conta-te esta história.
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Não achas esquisito?
- E se nos segue?
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Desde aqueIa noite,
a do Dodge.
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Não, dormia quando cheguei.
E estava para ir de férias.
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Mas não foi.
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Que queres dizer?
- Não sei, só especuIo...
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Pessoas magoadas
fazem disparates.
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Mesmo que quisesse não posso;
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deixava demasiadas coisas
paratrás.
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Paratrás é atrás.
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Nunca faIava da famíIia
mas via-se que era gente de posses;
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por exempIo,
este apartamento era deIe.
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Tinha visitas?
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Poucas, e nenhuma
estando eu cá.
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Bom, uma vez apanhei-o com
uma muIher, quanto a mim, casada.
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Por que diz isso?
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Nessa manhã cheguei ãs 9,
como sempre,
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ã hora a que ia ao ginásio.
Mas as Iuzes estavam acesas
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e cheirou-me a um perfume
dos caros.
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Posso não ter nada,
mas nariz...
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E estava uma carteira
de couro do bom, no sofá.
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Abriu-a?
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EIe está morto,
nunca vai saber...
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Um bocadinho,
abri-a só um bocadinho.
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Como eu disse,
o perfume era francês.
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E mais?
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Vi uma aIiança de ouro, Iinda,
com briIhantes formando uma onda.
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E um teIemóveI.