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Mãos atrás das costas.
Dê-me a sua carteira.
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Raymond K Hessel.
1320 SE Banning, Apartamento A.
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- Um pequeno apartamento numa cave?
- Como sabe?
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São-lhe atribuídas letras
em vez de números.
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Raymond! Vai morrer.
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Não!
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São a mamã e o papá?
Eles vão ter de chamar o médico.
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Para terem a sua ficha dentária.
Sabe porquê?
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- Porque não lhe vai restar nada na cara.
- Oh, pára com isso!
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Um cartão de estudante caducado.
O que estudou, Raymond?
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- Coisas.
- Coisas?
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Os exames eram difííceis?
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- Perguntei-lhe o que estudou!
- Biologia, sobretudo.
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- Porquê?
- Não sei.
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Que queria ser, Raymond K Hessel?!
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A pergunta, Raymond,
era isso o que queria ser?
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Responda-lhe, Raymond, Jesus!
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- Veterinário. Veterinário.
- Animais.
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- Sim. Animais e coisas.
- Coisas. Sim, eu percebi.
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- Então precisa de mais estudos.
- Muitos estudos.
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- Preferia estar morto?
- Não, por favor...
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Prefere morrer aqui, de joelhos,
nas traseiras de uma loja de conveniência?
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Por favor, não.
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Vou ficar com a sua carta.
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Vou confirmar isso tudo.
Eu sei onde mora.
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Se não se esforçar por ser
veterinário dentro de seis semanas,
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é um homem morto.
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Agora corra para casa.
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Corra, Forrest, corra!
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Sinto-me mal.
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lmagina como ele se sente.
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Vá, isto não tem graça!
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Qual era a ideia?
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Amanhã vai ser o dia mais bonito
da vida de Raymond K Hessel.
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O pequeno-almoço dele vai saber melhor
que qualquer refeição nossa.