:31:01
- E é o namorado dela?
- Não, sou só amigo.
:31:04
Estou a ver.
:31:06
O que veio cá fazer?
:31:08
- Sou pai dela.
- Conhece a Cláudia?
:31:10
Importa-se que eu entre?
:31:13
Claro.
:31:15
Obrigado.
:31:26
- Mas que porra é esta?
- Sou eu, Cláudia.
:31:30
O que é que quer?
Porque é que veio?
:31:33
Gostaria de falar contigo.
O teu namorado deixou-me...
:31:37
Ele não é meu namorado. Agora
vai querer chamar-me cabra, não?
:31:40
Nada disso.
:31:43
O que é que quer?!
:31:45
- Quero sentar-me. Quero falar...
- Não se sente!
:31:50
Quero... Céus.
Quero tantas coisas.
:31:53
- Podíamos falar e corrigir...
- Não quero falar consigo.
:31:56
- Tenho de falar de muitas coisas.
- Não quero falar consigo!
:31:59
Não tem de ser agora. Podemos
combinar para outra altura.
:32:03
Não era minha intenção
apanhar-te de surpresa.
:32:06
Ao que veio?
Porque é que está aqui?!
:32:09
Quer chamar-me puta?
:32:10
Não quero que penses
que é isso que julgo de ti.
:32:14
- Não te vou chamar cabra.
- Pois!
:32:17
O que faz aqui?
:32:20
Mas que porra faz em minha casa?!
:32:23
Não grites, querida,
pára com essa maluqueira.
:32:25
Eu não sou maluca!
Não se atreva a chamar-me maluca!
:32:30
Eu estou doente.
Doente, Cláudia.
:32:33
Vá à merda!
:32:34
- Por favor, escuta.
- Vá à merda!
:32:36
Escuta-me, Cláudia.
Eu tenho uma doença mortal.
:32:40
Adoeci e fui-me abaixo.
:32:42
Vá à merda!
Dê de frosques da minha casa!
:32:45
Eu estou a morrer.
Tenho cancro, Cláudia, cancro.
:32:50
- E vou morrer dentro em breve.
- Vá à merda!
:32:53
- Tenho metástases nos ossos.
- Vá à merda!
:32:56
Não te estou a mentir.
Tudo isto é verdade.
:32:59
Estou a dizer-te que...
vou perder.