:57:02
Não estou a pressioná-lo,
estou a fazer-lhe perguntas.
:57:07
Sou apenas um produto
para si, não é?
:57:10
Algo que vale a pena transmitir
no meio da publicidade.
:57:14
Para uma televisão,
somos todos produtos.
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Para mim, você é importante.
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Quando 30 milhões de pessoas
ouvirem o que tem a dizer,
:57:23
nada, mas mesmo nada, voltará
a ser como dantes. Acredita?
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-Não.
-Mas devia acreditar.
:57:30
Quando acabar,
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terá lugar um julgamento
no tribunal da opinião pública.
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É esse o poder que você tem.
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-Acredita nisso?
-Se eu acredito? Claro.
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Acha que por dar informação
às pessoas, vai acontecer algo?
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Talvez seja o que diz a si próprio
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para justificar
o bom emprego que tem.
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Ter status.
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Talvez para o público
seja apenas "voyeurismo".
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Talvez não altere nada.
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E as pessoas como eu e a minha
família são deitadas aos leões.
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Usadas... falidas...
abandonadas.
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Está a falar comigo
ou entrou alguém?
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Você não...
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Não tente disfarçar a sua hesitação
pondo em causa a minha reputação
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ou a do programa,
com um cepticismo barato.
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Vou pôr em risco
o bem-estar da minha família.
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-O que nos dá em troca? Palavras.
-Palavras...
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Enquanto você tem andado a curtir
em torneios de Golfe,
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eu tenho empenhado a minha palavra,
apoiando-a em atitudes.
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Vai para a frente com isto,
ou não?
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Tenho de ligar às crianças
antes de se deitarem.
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O operador de câmara devia estar
a filmar polícias de giro.
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Para quê os cavalos?
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O operador de câmara
gosta de policia montada.