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Estou a viver a vida de...
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Sinto-me como se estivesse
a viver a vida de outro homem.
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Lembro-me de ir a pé
para o trabalho
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com um bolinho fofo na mão
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e um café quente comprado
no Dean e Deluca,
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sentindo o papel característico
do Wall Street Journal
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e o cheiro a pele da minha pasta.
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Tinha tanta certeza de tudo.
Era um indivíduo confiante.
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Sabia exactamente quem era
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e o que queria.
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E um dia de manhã acordo
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e, de repente, está tudo mudado.
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- Pior, queres tu dizer?
- Não.
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Bem, talvez algumas coisas,
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mas na maior parte dos casos
apenas diferente.
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E não faz mal.
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Só que eu nunca fui assim, Kate.
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Eu era o indivíduo que tinha
a vida toda delineada.
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Não tinha dúvidas
nem arrependimentos.
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E agora?
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Agora não sei.
Já não tenho a vida toda delineada.
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- Eu também não.
- Mas pareces tão segura.
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Pensas que nunca acordo a pensar:
"Mas que faço eu em New Jersey?".
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O meu escritório é uma espelunca,
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eu mesma atendo o telefone
e já viste o meu ordenado.
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O teu ordenado é a vergonha
dos ordenados.
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Consegues imaginar uma vida
em que tudo fosse fácil?
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Em que fosse só pedir as coisas
para alguém tas dar?
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É uma maravilha.