:37:02
Não sei...
serão as festas da "Tupperware"?
:37:05
Talvez.
:37:06
Até amanhã.
:37:09
O Presidente tem uma constipação.
:37:11
Os compromissos serão cancelados
e irá regressar a Washington.
:37:16
SÁBADO
:37:18
Presidente Kennedy.
Como se sente, Sr. Presidente?
:37:34
Presidente, as nossas deliberações
fizeram-nos chegar à conclusão
:37:37
de que um bloqueio
de armamento ofensivo a Cuba
:37:39
é a nossa melhor opção.
:37:42
Uma forte demonstração de apoio
da união dos Estados Americanos
:37:45
dá-nos uma cobertura
de legitimidade.
:37:47
Um bloqueio é, tecnicamente,
um acto de guerra.
:37:49
Assim, recomendamos
que a acção se chame "quarentena".
:37:52
Oxalá a tradução para Russo saia...
como nós queremos.
:37:56
Há entre 20 e 30 navios soviéticos
a caminho de Cuba nesta altura.
:38:01
A 800 milhas de Cuba, a Marinha
vai mandá-los parar, vai abordá-los
:38:05
e qualquer barco que contenha
armas será forçado a regressar.
:38:08
Uma quarentena impede a chegada
demais mísseis a Cuba,
:38:11
mas não destrói os que já lá estão.
:38:14
Dá aos Soviéticos a oportunidade
de se retirarem sem uma guerra.
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Se se recusarem
a tirar os mísseis,
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mantemos a opção
de atacar e invadir.
:38:22
Um ataque surpresa vai contra
aquilo que a América representa.
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Não nos deixa espaço de manobra.
:38:28
E a inevitável resposta soviética
vai forçar-nos à guerra.
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JOHN MCCONE
DIRECTOR DA CIA
:38:33
Ainda há entre nós quem acredite
que devíamos optar pelos ataques.
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Com o bloqueio,
perdemos a surpresa estratégica
:38:39
e arriscamo-nos a que os Soviéticos
façam o primeiro ataque contra nós,
:38:41
se decidirem que têm de usar
os mísseis ou perdê-los.
:38:47
Quarentena... ou ataque aéreo.
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Existe uma terceira opção.
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ADLAI STEVENSON
EMBAIXADOR DOS EUA NA ONU
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Com ambas as opções corremos
o risco da guerra nuclear.
:38:58
Talvez um de nós nesta sala
tenha de fazer o papel de cobarde.