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A inveja da Chantal estende-se
ao casamento da irmã.
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A Maria casou-se por motivos
mais comprovados e verdadeiros.
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Contra a vontade da mãe.
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Casou com um homem cuja idade
era mais próxima da dela.
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Um homem de posição modesta,
um artista arrojado.
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As mulheres belas
são uma raça única, não lhe parece?
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Uma mulher bela não chega a ter
de ultrapassar desafios.
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Os homens dão-lhes tudo
o que elas querem.
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Primeiro os pais, depois os namorados,
a seguir os maridos.
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- Isso merece um brinde.
- Para algumas mulheres...
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... a beleza é o seu único talento.
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Mas há sempre outra mais bela,
outra mais nova.
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Foi a mãe da Chantal
que lhe ensinou isto.
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Porque me está a fazer isto,
Victor?
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Espero que tenha tido a sua emoção
mesquinha ao correr a cortina,
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porque já não há mais nada para ver!
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Eu digo-lhe o que vejo.
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Vejo o corpo de duas mocinhas...
assassinadas.
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O homem que fez aquilo
vai ter de me prestar contas.
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Você enoja-me, Victor!
Porque não pára de dizer
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"o homem que fez aquilo",
"o responsável", "o assassino"?
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Porque não baptiza esse fantasma:
"Henry Hearst, advogado"!
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Está convencidíssimo
de que eu sou culpado!
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Deduzir que o meu casamento
é problemático
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até lhe facilita a tarefa
de me arrumar de vez.
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Está a convencer-me, mas não a 100%.
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É por isso que ainda aqui está.
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Estou porque quero estar,
porque me pediu que "viesse".