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Ele achava-te muito razoável...
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Estás a referir-te a quê?
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A nada.
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Estás a querer dizer...
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Que fui eu o responsável?
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É isso?
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Pois deixa que te diga uma coisa,
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acusas a pessoa errada!
Bem sei o que pensas,
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que fui indulgente de mais,
que lhe permitia...
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Tudo!
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Pois, e porquê?
Porque nunca vinha ter contigo?
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Ele a mim não me ouvia!
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Pois não, não ouvia. E não ouvia
porque tu nunca o ouvias!
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Pois, mas tu sim, davas-lhe
palmadinhas nas costas,
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encorajaste-o por ele ter
o que tu querias: a ela.
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Só podes estar a brincar!
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Tu queria-la mas como não
a podias ter, não o travaste,
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para teres os teus orgasmos
através do teu filho.
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Não admites a verdade
nem a mim nem a ti
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mas o Frank morreu
por sonhares com aquela gaja!
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Queres saber por que morreu ele?
Queres mesmo saber?
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Ele estava com ela não
por minha causa, mas por tua.
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Isso mesmo,
por seres tão severa,
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tão dominadora, tão...
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Tão furiosa por haver só ele,
por ser filho único.
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Isso não é verdade!
- Ai isso é que é.
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Ainda criança já lhe dizias
que tudo o que fazia era mal.
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Lembro-me de um dia o tirares
á força de um jogo de basebol
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e de o mandares para casa,
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só porque atirou a luva ao chão.