1:04:02
Ah, é? Ou fazer com
que seja voce. É isso?
1:04:05
Receia que ela me
use contra voce?
1:04:07
- Não.
- Por que não?
1:04:10
Por que ela não
sabe quem sou eu.
1:04:13
- Por que está me seguindo?
- Talvez eu queira ajudar.
1:04:16
Ela não sabe nada sobre
sua investigação, sabichão.
1:04:19
Portanto, anote isto.
1:04:22
Quando ela se oferecer pra ajudar
voce, será por razões próprias.
1:04:27
Não estou mentindo. Tome minha
caneta. Escreva o seguinte:
1:04:31
Não confie nela.
1:04:41
- Contente agora?
- Não até voce sair da cidade.
1:04:44
Por que?
1:04:46
Quanto tempo acha que pode ficar
aqui até começarem as perguntas?
1:04:50
- De que tipo?
- Das que devia estar se fazendo.
1:04:53
- Por exemplo?
- Como comprou o terno, o carro?
1:04:55
- Tenho dinheiro.
- Qual a origem?
1:04:57
A morte da minha esposa. Tínhamos
um bom seguro, trabalhava nisso.
1:05:02
Em sua dor, topou com
um vendedor de Jaguar?
1:05:08
Voce não faz idéia, não é?
Nem sabe quem é voce.
1:05:11
Sei, sim.
Não tenho amnésia.
1:05:14
Até o incidente, lembro tudo. Sou
Leonard Shelby, de San Francisco.
1:05:18
Quem você era.
Voce não sabe quem é.
1:05:23
O que voce se tornou...
desde o incidente.
1:05:26
Voce brinca de
detetive por aí.
1:05:29
Nem mesmo sabe há
quanto tempo aconteceu.
1:05:32
Veja bem: usava ternos de
estilista quando vendia seguros?
1:05:37
- Eu não vendia, eu investigava.
- Certo. Voce é um investigador.
1:05:41
Devia começar a investigar
a voce mesmo.
1:05:44
Obrigado pelo conselho.
1:05:48
Faça-me um favor,
não volte lá.
1:05:51
Vai ficar no motel
fora da cidade?
1:05:57
Foi divertido, Lenny.